A Associação dos Padeiros Tradicionais expressou sua consternação com a decisão do governo de reduzir o preço do pão para 150 Francos CFA, enquanto os custos dos ingredientes continuam elevados. Em uma entrevista à Rádio Sol Mansi nesta segunda-feira, a associação considerou a medida absurda e uma perda para os padeiros.
A escassez de pão no país ocorre em um momento em que o governo planeja implementar a redução do preço de 200 para 150 Francos CFA a partir de 24 de setembro. No entanto, de acordo com Suleimane Djaló, membro da Associação dos Padeiros Tradicionais, todos os produtos necessários para a produção de pão, incluindo lenha, sal, fermento e principalmente a farinha, continuam sendo comercializados a preços muito elevados.
"A farinha ainda não baixou de preço, uma vez que está sendo vendida a um valor muito alto. Por exemplo, um pedaço de lenha que custava 500 FCFA agora custa 1000 FCFA, o fermento, que era vendido por 1250 FCFA, agora custa 1500 FCFA por pacote. Até mesmo uma lata de sal, que custava 500 FCFA, agora está sendo vendida por 250 ou 300 FCFA. Todos os produtos estão mais caros no mercado", explicou Djaló.
Diante do sofrimento da população devido à falta de pão no mercado, Suleimane Djalo sugeriu que o governo deveria controlar o preço da farinha para aliviar essa situação.
"O governo deveria negociar com os comerciantes que fornecem farinha de qualidade para reduzir o preço no mercado até que a situação se estabilize, e só então reduzir o preço do pão. No momento, nós, padeiros, não podemos fazer nada além disso, esta é a realidade atual", enfatizou Suleimane Djalo.
Segundo o governo, a partir de 24 de setembro, o preço do pão será reduzido de 200 para 150 Francos CFA em todo o território nacional, representando uma redução de 25% em relação ao preço anterior. O preço da farinha, que era de 29.000 FCFA por saco, também deverá ser reduzido para 24.200 para atacadistas e 24.600 para os consumidores finais, de acordo com o governo.
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